Agora vou postar minhas observaçõese depois um resumo do texto: "A construção do conhecimento sobre a escrita" de Ana Teberosky e Teresa Colomer
O principal enfoque do texto é o processo de aprendizagem da leitura e da escrita visto pela criança, a construção da escrita como sistema representativo da linguagem,trata do desenvolvimento da escrita da criança através da construção de hipóteses.Uma amostra disso é a relação da escrita com a letra inicial(do nome,do objeto).A criança ao lançar hipóteses na construção da escrita permite superações,quebras de paradigmas.É importante incentivar a criança na construção de hipóteses, assim ela desde cedo já manterá contato com o universo da escrita. Todas as crianças tem capacidade para construir hipóteses sobre a escrita, não importando o ambiente de onde ela venha, seja ele de uma classe letrada ou de uma classe não letrada,esse contato faz com que a criança tenha noção da escrita.A escrita não é um objeto, ela é uma representação escrita, e serve para diferenciar os objetos escritos nominalmente.
A intencionalidade dos textos(dos conjuntos de palavras) pode ser indagada a partir dos 4 anos,nessa idade a criança já estabeleceu a hipótese da escrita,da representação gráfica.Pode ser indagada sobre o significado da palavra/texto,o que o texto quer dizer,representar um objeto.Isso pode ocorrer com o apoio de materiais de suportes;textos de diversos gêneros,de variadas funções,caixas e embalagens de produtos.Bilhete,cartas,jornais,receitas,bulas,etc. Há a hipótese do que se pode estar escrito,nesse caso,a criança entende primeiro que o que pode ser escrito,ser representado em meio gráfico,são apenas objetos e nomes(pessoais) mais tarde,a criança passa a compreender que outras "coisas" podem ser escritas,podem ser representadas por palavras.A partir dos 5,6 anos a criança pode compreender enfim que a escrita representa principalmente a fala,a oralidade,passando a entender que cada parte constituinte da palavra está relacionada,reproduz na escrita um som,um fonema.
"A construção do conhecimento sobre a escrita"
Ana Teberosky e Teresa Colomer
- A idéia de fomentar a construção de hipóteses é fundamental,isso significa saber como a criança esta pensando o universo.
- O professor tem sempre que registrar as descobertas
- É importante nessa fase de alfabetização trablhar coma criança a letra inicial e a final.
- Para as crianças pequenas o texto escrito não significa nada,não é simbólico.Eles teamb´me não entendem os espaços em branco.
- A partir dos 4 anos a criança constrói a intencionalidade comunicativa do texto,como por exemplo o encarte do mercado tem a intenção de informar preços.
- Os artigos,pronomes e outros,não são considerados pelas crianças.
- Os professores negligenciam as atividades orais,as vezes é taõ importante quanto as atividades de leitura e escrita.
Abaixo,segue uma reportagem sobre leitura e escrita que eu li e achei muito interessante.
DE OLHO NAS CRIANÇAS
A aventura da leitura e da escrita
A descoberta da aventura de ler e escrever começa cada dia mais cedo, ocupando muitas vezes parte do tempo antes destinado apenas às brincadeiras infantis. Até os sete anos de idade, em média, a criança deve ter as funções cognitivas prontas para isso. Respeitando-se diferenças e características individuais, claro. Em alguns casos, já aos quatro anos alguns baixinhos identificam letras e palavras e arriscam hipóteses de leitura. Outras crianças só irão desenvolver de fato essa possibilidade aos seis ou sete anos de idade.Mamães e papais que evitem a ansiedade. A idade não é o mais importante, é a maturidade de cada um que irá determinar se suas funções estão prontas para a aquisição desse conhecimento. Criar oportunidades no ambiente familiar, oferecendo meios para a criança compreender a função social da escrita e da leitura, é o primeiro passo. Mas, como fazer isso?Permitir o acesso a portadores de texto é fundamental. Desde o contato com jornais e revistas - inclusive a lista telefônica - até as experiências mais simples, como acompanhar a mãe no preparo da lista de compras, na redação de um bilhete ou na cópia de uma receita, vale quase tudo. A criança que desde cedo manipula livros e ouve histórias contadas a partir deles entenderá mais depressa "para que serve" ler e escrever.A percepção dessa função social da escrita e da leitura é enfocada na escola a partir dos dois anos de idade, quando os pequenos iniciam um convívio cotidiano com o nome próprio para identificar seus objetos pessoais. "Mas a parceria com a família é indispensável nesse processo de entender o que há por trás das letras", afirma a orientadora pedagógica e educacional Cláudia Mileo Moura, da unidade de Educação Infantil do Colégio Pentágono.
Descoberta das regras
Ela explica que não existe receita para o desenvolvimento desse conhecimento porque as crianças atravessam várias hipóteses no processo de descoberta das regras. "É, então, necessário o acompanha-mento de um profissional capaz de intervenções adequadas para a criança arriscar nessas hipóteses e progredir na construção do conhecimento." A presença de outras crianças e as atividades em grupo enriquecem essa experiência e proporcionam um avanço mais significativo, diz Cláudia.Uma das formas hoje mais utilizadas no desenvolvimento desse aprendizado, ao contrário das cartilhas e repetições intermináveis de algumas décadas atrás, é a oferta de fontes de informações, ou as chamadas palavras estáveis, já conhecidas das crianças, como, por exemplo, o próprio nome e o dos colegas.As palavras estáveis funcionam como repertório de letras com correspondências sonoras, enfim, como matrizes de referência a partir das quais as crianças se aventuram a escrever palavras cuja grafia ainda desconhecem. Ou seja, a construção da escrita acontece a partir da própria reflexão infantil sobre a lógica interna da escrita alfabética.Também através de parlendas se propõe a escrita de textos memorizados. Quando as crianças já conhecem o texto, preocupam-se com a forma. "Essa é a idéia: oferecer referências para que se sintam seguros para arriscar", assinala a educadora.
Aprendendo com prazer
Uma regrinha é básica em todo esse processo: alimentar o prazer dos futuros leitores. E para isso, as escolas de educação infantil adotam cada vez mais a prática dos projetos pedagógicos. A partir de um tema gerador, que funciona como motivação ou álibi para inúmeras atividades, o objetivo é conciliar tendências atuais e estudo. A construção do conhecimento é sistematizada e cada etapa do projeto fornece informações e estruturas para a seguinte.
Vale o estudo de músicas, reportagens de jornal, livros, enciclopédias e internet, obra de pintores e escultores. Já parou para pensar no universo de atividades que temas como o corpo humano, animais, transportes ou alimentos, por exemplo, podem levar para a sala de aula dos pequenos?Nesse contexto, a reflexão dos educadores sobre a própria prática é o que irá lhes permitir entender os processos internos e as aquisições das crianças e optar pelo melhor caminho para que avancem na construção do conhecimento.
A conquista da base alfabética Níveis de conceitualização das crianças
Pré-silábica -A criança ainda não sabe que a escrita pode representar a fala.
Silábica
a) as hipóteses da criança não têm valor sonoro;
b) já atribui valor sonoro às letras, mas ainda deve descobrir que não basta uma única letra para cada emissão sonora.
Silábico-alfabética- A criança escreve partes da palavra com uma letra só para cada emissão sonora e duas ou mais letras para outras.
Alfabética- A criança atribui valor sonoro às sílabas, nessa fase, a escrita é mais próxima da linguage convencional.
FONTE:http://www.alobebe.com.br/site/revista/reportagem.asp?texto=113
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